
Perante essa pergunta as pessoas tendem a pensar que sim, que a história se repete, tal é a sucessão de acontecimentos semelhantes. De facto, a história nunca se repete. Os Homens são diferentes, o mundo está mais desenvolvido e a maneira de pensar diferente. Uma coisa não mudou. Foi a guerra!! Se compararemos a guerra do Peloponeso e a guerra do Iraque vamos concluir que
A Guerra do Peloponeso
Na Grécia Antiga, no século V a.C.
O século V a.C. é tradicionalmente considerado como a época de esplendor máximo da civilização da Grécia antiga. Se, por um lado, fora atingida no mundo grego uma magnitude tão elevada nas artes, nas ciências, na cultura, mesmo no mundo material, este período é, por outro lado, assinalado por uma difícil e tumultuosa paz e estabilidade política. Para além das Guerras Persas, outros momentos de instabilidade e acesa rivalidade entre as cidades-estado marcam o século de Péricles. A divisão culmina com o antagonismo militar entre dois blocos helénicos rivais que se degladiarão e agitarão o Mediterrâneo Oriental na Guerra do Peloponeso, entre Esparta (cidade-estado de tradição militarista e costumes austeros) e a brilhante Atenas, centro político e civilizacional por excelência do mundo do século V a.C.
Este conflito arrastar-se-á entre 431 e 404 a.C., com alianças e um rasto de destruição, para além da intervenção persa. As relações entre e Atenas e Esparta eram tensas, ainda que formalmente amigáveis durante as Guerras Persas, agudizando-se gradualmente a partir de 450 a.C., com lutas frequentes e tréguas cíclicas, tudo pela disputa da hegemonia grega. Atenas, dominando politicamente a Liga de Delos, controlava o comércio marítimo com a sua poderosa frota, desfrutando igualmente de uma boa imbatível e bem treinado, respondendo à Liga de Delos com uma confederação de cidades do Peloponeso (península no Sul da Grécia) e da Grécia Central. O crescente poderio e a riqueza inigualável de Atenas alarmava Esparta, como dizia Tucídides, historiador grego. A guerra era assim inevitável, como pensava Péricles, que acumulou uma notável reserva financeira para suportar um conflito em larga escala. Em 445 a.C. ainda se chegou a um acordo de paz previsto para trinta anos. Todavia, as alianças estavam feitas, e aí residia o detonador da guerra. Atenas, ao tentar captar Córcira, colónia de Corinto, para a sua esfera de influência, accionou o mecanismo das alianças. Corinto era aliado de Esparta, o que implicava que Córcira alinhasse nessa aliança: em 443, esta iniciativa de Atenas precipita a Guerra do Peloponeso.

A Guerra do Iraque
No Iraque, em 2003 no século XXI, George W. Bush declarou guerra ao Iraque.
Os Estados Unidos da América desencadearam esta guerra com objectivo de derrubar o regime de Saddam Hussein para assim desarmar o Iraque e libertar o povo iraquiano. Esta foi a justificação dada pelo presidente norte-americano, George W. Bush para o ataque depois de meses de ameaças, motivadas pela alegada posse de armas de destruição maciça. Há quem diga também que foi pelos múltiplos poços de petróleo do Iraque.
Os Estados Unidos da América consideram que o Iraque era uma grave ameaça à sua segurança e à da região do Médio Oriente e actuaram mesmo sem a aprovação das Nações Unida. Países como a França, a Alemanha e Rússia opuseram-se a esta acção militar, mas outros como Inglaterra, a Espanha e Portugal colocaram-se do lado norte-americano. Por todo o mundo houve manifestações pela paz envolvendo milhares de pessoas.
A ofensiva militar norte-americana, com o apoio de forças britânicas, começou na madrugada de 20 de Março de 2003 com um ataque de mísseis sobre Bagdade.
A 9 de Abril o governo de Saddam Hussein perdeu o controlo da capital e os seus principais elementos, incluindo o presidente, desapareceram antes da entrada triunfal das tropas da coligação. Muitos cidadãos saíram à rua para festejar o derrube do regime que estava instalado desde 1979.