
Platão e Aristóteles
A democracia grega apresentava algumas limitações, nomeadamente a escravatura. Irei debruçar-me sobre esse tema, uma vez que me indignei bastante ao analisar documentos escritos por grandes filósofos da época.
De facto, os escravos constituíam metade da população da Ática, considerados não mais do que propriedade pessoal de particulares e do Estado. A lei não lhes reconhecia personalidade civil, eram tratados como vulgar mercadoria e equiparados a objectos! Questões que actualmente são impensáveis, foram na altura justificadas por notáveis pensadores, como Aristóteles e Platão.
Quanto ao primeiro, afirmou que o escravo é uma propriedade instrumental animada e que a utilidade dos animais domésticos e dos escravos são pouco mais ao menos do mesmo género. Uns e outros ajudam-nos com o auxilio das suas forças físicas a satisfazer as necessidades da nossa existência. Sem qualquer ponta de sensibilidade e bom senso, Aristóteles exprimiu a sua opinião!
Segundo Platão, devemos trata-los bem (aos escravos), não somente por eles, mas mais ainda em vista do nosso próprio interesse. Esse tratamento consistirá em (
) ser ainda mais justos, se é possível, com eles que com os nossos iguais.. A meu ver, Platão escondeu-se atrás da hipocrisia e do preconceito com esta tese, uma vez que, para além de não reconhecer que os escravos também são humanos, achava que somente em caso de ser possível, os deviam tratar bem, pois isso iria dar uma boa imagem dos cidadãos!
Aristóteles ousa ser directo e frontal, não se acobarda à falsidade, atreve-se a dizer que escravo é escravo e pronto! Não querendo com isto, argumentar a favor deste, naturalmente! Apenas estabeleço a comparação para que fique bem vincado o meu desagrado em relação à mesquinhez de Platão com esta sua triste convicção
!
De Anónimo a 6 de Dezembro de 2005 às 21:12
Acho que o artigo está muito bom.Partilho da opinião da minha colega, da maneira de ver como as coisas eram e são e aproveito para desejar BOM NATAL a toda a comunidade escolar que participa neste blog porque é gente fixe, obviamente...Rui Moreira
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(mailto:rui_1ne5@hotmail.com)
De Anónimo a 14 de Novembro de 2005 às 17:53
Olá Inês e, antes de tudo, obrigado por teres participado no blogue. Espero que seja a primeira colaboração de muitas que hão-de vir! Sobre o artigo acho que é pertinente o que sentes à vista da actual sociedade e dos tempos que correm, mas não nos podemos esquecer que isto se passou no seculo V a.C. onde os escravos eram considerados «as coisas animadas» de que falas no teu artigo. Mesmo que na época existissem pessoas que se rebelaram contra a escravatura (e disseram-no) acho polémico os adjectivos que usas em relação a Platão nomeadamente a «mesquinhez» e dizer que tem uma «triste convicção». Não te esqueças que são filósofos que falam, homens convictos e nada mesquinhos na defesa das suas teses. Muitas vezes tiveram, eles próprios, de lutar contra a tal mesquinhez e cobardia de outros. Para mim, e é uma opinião muito pessoal, acho que os filósofos falham redondamente quando se metem em sistemas políticos ou falam da bondade ou maldade dos sistemas sociais. Mas isso ainda tens que aprender nos anos que vierem aí! Parabéns pela tua opinião, contudo. Revela preocupação pela justiça social e equidade no tratamento das pessoas. Todas elas.António LuÃs Catarino
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(mailto:skamiaken@sapo.pt)
De
rui a 20 de Fevereiro de 2013 às 08:52
sao todos uns melvins :b
De Anónimo a 13 de Maio de 2018 às 13:41
Kkkkkkkkk
Uau!!!! Criticando
Aristóteles e Platão... Quanta presunção.... Vivemos hoje em uma sociedade de muitos doutores.... Cheios da razão e com dedos apontando. Como julgar o que é certo ou errado em uma cultura de mais de 2000mil anos atrás????? Hoje é certo é aceitável crianças na televisão rebolando e cantando abaixa e senta.... Calma gente... Entendamos o contexto e pensamento da época. Menos vai.
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