. Finalmente as férias e um...
. Vida e história de Jean-J...
. James Watt, por João Paul...
. A Conservação da Massa e ...
. René Descartes, por Ana P...
. A Passarola de Bartolomeu...
. Os Lolardos, por Rebeca B...
. A Revolução Francesa, por...
. As Guerras Religiosas do ...
. A Reforma Protestante e o...
Período conturbado da vida política e social da França, cujo início se pode
datar de 1789, ano em que se conjugam os efeitos de uma grave crise política
(permanente instabilidade governativa), económica (maus anos agrícolas) e
social (forte crescimento demográfico) com a debilidade da Coroa francesa
nas suas relações tensas com a mais forte Inglaterra e a ofensiva da
burguesia mercantil citadina que começa a fazer ouvir a sua voz.
É nas Cortes Gerais que o confronto estala, quando a burguesia (organizada
como Terceiro Estado) pretende instituir o voto uninominal, o que
imediatamente coloca em pânico o rei, tomando o Terceiro Estado a iniciativa
de se separar das Cortes e de se erigir em Assembleia Nacional. O
agravamento do conflito leva à entrada em cena das massas populares, que
tomam de assalto um execrado símbolo do poder real, a prisão da Bastilha, no
dia 14 de Julho de 1789. A Assembleia Nacional, chamando a si o poder
legislativo, procede à abolição dos direitos feudais, determina a venda de
bens da Igreja para fazer face às exigências financeiras da crise e emite
uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão onde se pode ver
claramente a influência da Revolução Americana.
Surgem então os primeiros partidos políticos, que dividem entre si o poder,
defrontando-se nas ruas e nas reuniões parlamentares. A supremacia dos mais
radicais, por cuja iniciativa é proclamada a República, provoca a reacção
das monarquias europeias, que movem guerra à França, o que vem acirrar os
ânimos na política interna. O rei, Luís XVI, julgado pelos parlamentares, é
considerado traidor e guilhotinado, o mesmo acontecendo a muitos outros,
inclusivamente revolucionários extremamente populares. É o chamado período
do Terror, cujos excessos, conjugados com as dificuldades da guerra,
provocam uma reacção que irá retirar o poder aos radicais, substituídos por
elementos mais moderados.
A continuação da guerra e a instabilidade política e social no país conduzem
a diversas experiências governativas, que só terminam quando o poder é
depositado nas mãos de um cônsul, o general Napoleão Bonaparte, que irá
alterar o curso da vida política e social da França, um decénio decorrido
sobre o despoletar da revolução.