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No início do séc. XVI, a Igreja Católica encontrava-se numa crise profunda
motivada pela venda, cada vez mais criticada, de indulgências aos poderosos
e aos ricos que as podiam pagar e pelos seus privilégios. As críticas
surgiram com a Reforma de Martinho Lutero, iniciada na Alemanha, com
divulgação das suas das 95 Teses, contestando a venda de indulgências
eclesiásticas, que foram afixadas na porta da catedral de Wittenberg, em
1517. A Reforma de Lutero expandiu-se rapidamente pela Europa, apesar do
Papa Leão X e do Sacro Imperador Romano Carlos V tentarem suprimir o novo
movimento. Deste modo, configuraram-se duas Europas religiosas: uma católica
e outra protestante, ambas com o apoio dos seus monarcas. As rivalidades
entre reformistas e católicos e entre próprios reformistas desencadearam
várias guerras na Europa entre 1550 e 1620, designadamente, nos Principados
Germânicos, na França e na Inglaterra.
Neste contexto, na França, a ambição de uma rainha, Catarina de Médicis,
levou a um dos mais terríveis massacres da história de França. Catarina,
viúva de Henrique II, exercia um domínio completo sobre o filho, Carlos IX
que tinha apenas 10 anos quando subiu ao trono. Em 1572, parecia que Carlos
IX, então com 22 anos, estava a ficar sob a influência do líder huguenote
Almirante Gaspard de Coligny. Tendo falhado uma tentativa para assassinar
Coligny, Catarina planeou a morte em massa dos dirigentes huguenotes, que se
encontravam reunidos em Paris para o casamento de Henrique de Navarra com
Margarida de Valois, sua filha. O massacre começou na madrugada do dia de s.
Bartolomeu, 24 de Agosto de 1572, dois dias depois da tentativa de
assassínio de Coligny, que desta vez não escapou, apesar da rainha poupar as
vidas de Henrique de Navarra e do príncipe de Comdé. O massacre repetiu-se
por toda a França e em 3 meses é provável que tenham morrido cerca de 20000
huguenotes. Posteriormente, quando subiu ao trono francês como Henrique IV,
Henrique de Navarra, adoptou a fé católica-romana e diz-se que teria
proclamado que Paris vale bem uma missa. Durante o seu reinado, foi
publicado o Edicto de Nantes, que dava liberdade de culto aos huguenotes.
Em meados do séc. XVII, a Paz de Vestfália, tratado assinado em 1648, pôs
fim ao longo período de guerras religiosas que havia divido a Europa em
grupos irreconciliáveis e traçou novos limites para os países europeus.
Assim, o Protestantismo predominou na Alemanha e na Escandinávia, com o
Luteranismo; na Suiça, nas províncias unidas (Holanda) e na Escócia, com o
Calvinismo; na Inglaterra, com o Anglicanismo. O Catolicismo triunfou na
Itália, na França, na Espanha, em Portugal, na Áustria e na Bélgica.
Bibliografia
- Historia Universal de Carl Grimberg (volumes 10 E 11)
- História Universal de Michel Morineau
-Historia Universal, Direcção do Eng.º Roberto Carneiro, activa multimédia,
lexicultural
- Www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=99