
Álvaro Cunhal
Um dos maiores políticos contemporâneos, Álvaro Barreirinhas Cunhal, filho de Avelino Cunhal e Mercedes Cunhal, nasceu na freguesia da Sé Nova em Coimbra, no dia 10 de Novembro de 1913.
A sua infância foi vivida em Seia, terra de seu pai, com os seus irmãos António José e Maria Mansuenta, que viriam a falecer em 1933 e 1921, respectivamente, vítimas de tuberculose.
Ao completar os seus onze anos, mudou-se com a sua família para Lisboa, onde completou os seus estudos secundários na escola Pedro Nunes e mais tarde no Liceu Camões.
Em 1931, com dezassete anos, ingressou na Faculdade de Direito de Lisboa, onde iniciou a sua actividade política, filiando-se também ao Partido Comunista Português, à Liga dos Amigos da URSS e ao Socorro Vermelho Internacional. Já em 1934, tornou-se representante dos estudantes de Lisboa no Senado Universitário, e um ano mais tarde, nomeado Secretário-geral da Juventude Comunista.
Em Junho de 1937, é preso pela primeira vez por razões políticas, temporariamente, depois esteve preso desde 1949 até 1960, na prisão de Peniche, de onde se conseguiu evadir.
Na década de trinta, conta-se com algumas obras suas, tais como Avante e Militante, dedicadas ao Partido Comunista.
Em 1960, é enviado para Moscovo, pelo PCP, e posteriormente, para Paris, dada a sua clandestinidade em Portugal. Regressa em 30 de Abril de 1974. A partir daí, assumiu uma série de governos provisórios, até ser eleito para a Assembleia Constituinte, afastando-se de Secretário-geral do PCP. Mais tarde, é nomeado para a Assembleia da República. Voltou a assumir o cargo de Secretário do PCP, que abandonou definitivamente em 1992, assumindo-se um romancista e esteta, escrevendo ainda livros como Até amanhã e Cinco Noites, e fazendo desenhos na prisão sobre a sua visão da política. Em 1995, assume ser o romancista Manuel Tiago, nome que utilizava para autor dos seus livros.
Sendo assim, Álvaro Cunhal foi uma identidade que dedicou toda a sua vida à política de esquerda, sendo reconhecido como um dos grandes comunistas do século.
Faleceu em 2005, com 92 anos de idade, deixando muita saudade a todos os que o admiravam como pessoa e político, movimentando multidões até ao seu funeral.
Rui Moreira 10ºG Nº20