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Segunda-feira, 26 de Junho de 2006

James Watt, por João Paulo Ferreira, 8ºC

Introdução

            James Watt (Greenock, 19 de Janeiro de 1736 — Heathfield, 19 de Agosto de 1819) foi um matemático e engenheiro escocês cujos melhoramentos do motor a vapor foram um passo fundamental na revolução industrial. Viveu e trabalhou inicialmente em Glasgow e depois em Birmingham, na Inglaterra. Foi um importante membro da Lunar Society. Muito dos seus textos estão actualmente na biblioteca central de Birmingham.

 

Biografia

            Aos dezasseis anos James Watt partiu de casa em busca de trabalho; dirigiu-se para Glasgow, onde foi empregado numa fábrica. Não era aquele, porém, o caminho que traçara (queria ser construtor de instrumentos de medida) e, ao fim de três anos, decidiu ir para Londres.

            No de início, teve que se defrontar com a estrutura das corporações, que exigiam uma aprendizagem de sete anos e costumavam recrutar seus aprendizes nas famílias de seus próprios membros. Mas, finalmente, conseguiu empregar-se, com um contrato de um ano. Foi um período difícil: era obrigado a trabalhar dez horas por dia, gastando apenas 10 xelins por semana com a alimentação, para ajudar o pai. Além disso o clima de Londres, húmido e frio, causou-lhe reumatismo, obrigando-o regressar a Glasgow, desta vez seguro da sua habilidade, decidiu trabalhar por conta própria e abriu uma loja de instrumentos.

            No entanto, num ambiente conservador, como era a sociedade inglesa na metade do século XVIII, não era fácil conseguir fregueses; em pouco tempo seus negócios começaram a decair. Isso não representou mal irreparável, porque James conseguira granjear amigos influentes, capazes de apreciar o seu talento. Assim, em 1757 foi admitido, na qualidade de fabricante de instrumentos de medida, na Universidade de Glasgow.

            O trabalho na universidade tornou possível seu primeiro encontro com o motor a vapor: certo dia recebeu a tarefa de consertar um motor de Newcomen (que constituía, no máximo, uma segunda alternativa para a força dos cavalos). Com seu espírito analítico, adquirido na infância, conseguiu descobrir os pontos fracos da máquina.

            Não era essa, entretanto, a primeira vez que o jovem técnico se interessava pelas características do motor. Dois anos antes ele discutira com seus amigos algumas ideias que serviram para melhorá-lo

            Finalmente, dispunha de um motor e das peças para reconstruí-lo. Era uma ocasião única, e Watt conseguiu descobrir que, para melhorar seu funcionamento, era necessário elevar a temperatura do vapor, resfriando-o durante a expansão. Acrescentou então o condensador de vapor e outros artifícios destinados a melhorar o rendimento do engenho.

 

Primeira máquina a vapor

            Depois essas modificações o resultado era parecido ao do motor ainda hoje em uso, com condensador, caixa de distribuição e sistema biela-manivela, para obter o movimento rotativo a partir do alternado.

            Watt fazia as experiências à noite; durante o dia precisava trabalhar para manter a família, pois seu pai estava reduzido à pobreza.

            Sua única distracção era passar o domingo no campo, em companhia de um tio materno e de sua prima, Margaret Miller, com quem se casou em 1764. Esta deu-lhe quatro filhos e revelou-se companheira admirável.

            As primeiras experiências de Watt, não foram vitoriosas: os recursos eram escassos e, como a maioria dos inventores, ele não conseguia ordenar os seus negócios. Por quatro anos trabalhou como engenheiro civil e elaborou um projecto para um canal entre Forth e Clyde. A Câmara dos Comuns, entretanto, não aprovou o trabalho. Em 1769 fez um segundo projecto, desta vez para o canal destinado a transportar carvão para Glasgow.

            Finalmente encontrou um financiador, na pessoa de J. Roebuck, para a aplicação em larga escala de sua descoberta, mas a sociedade fundada para esse fim faliu. A combinação com Matthew Boulton, engenheiro de Birmingham, foi, ao contrário, muito mais afortunada. Este conseguiu em 1769 a patente para o motor de Watt e, em 1775, a prorrogação da posse por mais 25 anos. Boulton tornou-se ao mesmo tempo sócio no empreendimento que começava a traçar o caminho do sucesso.

            A prova decisiva veio quando uma mina alagada, em Peacewater, foi drenada em dezassete dias, enquanto os métodos tradicionais exigiam meses de esforço. Watt propôs também que seu motor fosse utilizado para os elevadores subterrâneos; o motor tinha numerosas aplicações, todas elas bem pagas pela indústria do carvão. Como o novo aparelho substituía os cavalos, para dar ao comprador, acostumado aos métodos tradicionais, uma ideia de sua capacidade, a potência era expressa pelo número de cavalos que podia substituir. Nasceu desse modo a expressão "horse power", que em inglês significa potência de cavalos.

 

Controlador centrífugo

            Os aperfeiçoamentos no modelo inicial sucederam-se, exigindo novas patentes, em 1781, 1782 e 1784. Outra invenção foi o controlador centrífugo, graças ao qual a velocidade dos motores rotativos foi automaticamente controlada. Esse trabalho é actualmente considerado como uma das primeiras aplicações da realimentação ("feedback"), um elemento essencial para a automação.

            Sua primeira patente referia-se a um motor a vapor rápido, poderoso e eficiente; no entanto, era ainda apenas uma bomba a vapor. As invenções seguintes adaptaram-no para funcionar com todo tipo de máquina. Apesar do sucesso comercial, Watt, prudente em considerar as invenções alheias, era muito crítico em relação às suas. Possuía notável carga de simpatia, o que lhe granjeou muitas amizades entre personalidades como Herschel, Shelley e Cavendish. A Royal Society de Londres e a Royal Society de Edimburgo elegeram-no "Fellow" (membro) e a Academia de Ciências da França acolheu-o entre seus membros estrangeiros. Dotado de memória prodigiosa e grande narrador, com sua voz profunda, de marcado sotaque escocês, era a alma das reuniões da Sociedade Lunar, assim chamada porque os "lunáticos" preferiam reunir-se nas noites de lua cheia, para melhor achar o caminho de volta. "Lunática" era também Arme MacGregor, que se tornou sua segunda esposa e que lhe deu dois filhos.

            Em 1800, quando expirou sua primeira patente, Watt passou aos filhos a direcção de seus negócios, para ocupar-se exclusivamente com novas invenções: aperfeiçoamentos do motor, um pantógrafo para escultores, um copiador de cartas.

            Seus últimos anos foram completamente devotados à pesquisa, em sua propriedade de campo em Heathfield Hall, perto de Birmingham, onde morreu a 19 de Agosto de 1819.

publicado por António Luís Catarino às 19:01
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A Conservação da Massa e a Lei de Lavoisier, por Bruno Santos, 8ºC

As reacções químicas são transformações nas quais uma ou mais substâncias - reagentes -originam outras diferentes - produtos da reacção.

            Os reagentes e os produtos da reacção têm massa.

Durante as reacções químicas:

- os reagentes vão-se consumindo, por isso a sua massa diminui;

- os produtos da reacção formam-se pelo que a sua massa aumenta.

           

Há quem se interrogue do seguinte modo:

 

- Se numa reacção consumirem, por exemplo, 20 g de reagentes, a massa dos produtos da reacção obtidos será maior, menor ou igual a 20 g?

 

Questões como esta surgiram também aos químicos há muitos anos.

Lavoisier foi um importante químico do século XVIII. Usou muito a balança nas suas experiências, podendo observar, em todas as reacções químicas por ele realizadas, que a massa não variava. Esta observação foi confirmada ao longo dos tempos, não se verificando qualquer excepção. Surgiu assim a lei da conservação da massa nas reacções químicas, também chamada de Lei de Lavoisier.

 

Lei de Lavoisier

Durante as reacções químicas, a massa total das substâncias intervenientes permanece constante.

 

Massa total                                  Massa total                                    Massa total

        no                    =                           no                     =                          no

inicio da reacção                       decurso da reacção                           fim da reacção

 

 

 

A conservação da massa só é possível porque a massa dos reagentes que se consomem é igual à massa dos produtos que se formam. A diminuição da massa dos reagentes é compensada pelo aumento da massa dos produtos e, por isso, a massa total é sempre a mesma

 

Com o uso frequente da balança nas suas experiências, Lavoisier concluiu:

“ Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.

publicado por António Luís Catarino às 18:52
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René Descartes, por Ana Patrícia Castro, 8ºC

René Descartes foi um filósofo francês, nascido em 1596, em Haie (França). É considerado o inaugurador da época moderna da história da filosofia e primeiro representante da corrente racionalista, tendo colaborado como núcleo da pesquisa filosófica o problema do conhecimento.

            Opondo-se à tradição escolástica de influência aristotélica, Descartes, sob inspiração do rigor demonstrativo das deduções matemáticas, foi movido pela preocupação de encontrar um fundamento absoluto e irrefutável para as ciências, que pudesse simultaneamente servir-lhes de princípio unificador, na tentativa de criar um sistema universal do saber.

            Com esse objectivo, procede à articulação das regras a que deve obedecer o método «para bem encaminhar a razão e procurar a verdade nas ciências»:

 

-regra da evidência: recusar todos os preconceitos, não tomando como verdadeira nenhuma coisa sem que a conheça evidentemente como tal e se apresente ao meu espírito tão clara e distintamente que dela não possa duvidar».

 

-regra da análise: «dividir cada um dos problemas que se me apresente no maior número de parcelas possível».

 

-regra da síntese: «conduzir os raciocínios ordenadamente, partindo dos mais simples para os mais complexos».

 

-regra da enumeração: «proceder a enumerações tão completas e revisões tão gerais que possa estar certo de nada haver omitido».

 

Procurando um suporte metafísico para o seu sistema, parte de uma posição de cepticismo em que põe em causa a fiabilidade dos sentidos e considera como ilusório o mundo sensível; chega mesmo a considerar a possibilidade da inexistência de Deus, substituíndo-O por um “génio maligno” cuja astúcia o poderia induzir em erro até nas verdades mais seguras das ciências dedutivas. No entanto, é este mesmo processo que o conduz à verificação de uma evidência que admite incontestável-até ao duvidar, a consciência tem de existir-, formulada na célebre asserção «Penso, logo existo». O vigor com que tal constatação se apresenta na consciência serve-lhe como primeiro critério de verdade, levando-o a propor que, «regra geral, todas as coisas que sejam concebidas de forma tão distinta serão igualmente verdadeiras».

            Personagem de interesses diversos, Descartes notabilizou-se também nas ciências, tendo sido o criador da geometria analítica e aperfeiçoado a álgebra. Pretendendo colocar-se em ruptura com todo o pensamento anterior, esconde importantes influências, em especial as de Santo Agostinho e Santo Anselmo.

            Tendo morrido em Estocolmo m 1650, ficou para a filosofia como o grande impulsionador da autonomização do sujeito-razão.

 

Frases escritas por Descartes:

            “A leitura de todos os bons livros é uma espécie de conversa com as pessoas mais sérias dos séculos passados”.

            “Penso, logo existo”.

 

Trabalho elaborado por: Ana Patrícia Martins Castro

                                        8ºC nº4

publicado por António Luís Catarino às 18:43
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Quinta-feira, 22 de Junho de 2006

A Passarola de Bartolomeu de Gusmão, de Ana Cassilda, 8ºC

O padre jesuíta, Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu em Santos, São Paulo, em 1685. Bartolomeu fez estudos primários em Santos, seguiu para o Seminário de Belém (Baia), a fim de completar o Curso de Humanidades, vindo a filiar-se à Companhia de Jesus, sob a orientação do grande amigo de seu pai e fundador daquele Seminário, Padre Alexandre de Gusmão. Com apenas 20 anos de idade inventou um aparelho que fazia subir a água de um riacho até uma altura de cerca de 100 metros.
 Entre 1708 e 1709, Bartolomeu de Gusmão, já ingresso no sacerdócio, embarcou para Lisboa, capital do Império, onde aprofundaria seus conhecimentos.
Na Universidade de Coimbra realizou profundos estudos da Ciência Matemática, além das Ciências de Astronomia, Mecânica, Física, Química e Filologia, isto sem falar no exercício da Diplomacia e da Criptografia, atendendo designação de D. João V, tendo bacharelando-se a 5 de Maio de 1720 e completado o Curso de Doutoramento da Faculdade de Cânones, da Universidade de Coimbra, em 16 de Junho de 1720. Foi uma bolha de sabão elevando-se ao se aproximar do ar quente ao redor da chama de uma vela que acendeu o intelecto de Gusmão para a diferença entre as densidades do ar. Um objecto mais leve que o ar poderia então voar! Em 1709, anunciou à corte que apresentaria uma "Máquina de Voar". Em 19 de Abril daquele ano, recebeu autorização do Rei D. João V para demonstrar seu invento perante a Casa Real.
Em 3 de Agosto de 1709 foi realizada a primeira tentativa na Sala de Audiências do Palácio. No entanto, o pequeno balão de papel aquecido por uma chama incendiou-se antes ainda de alçar o voo. Dois dias mais tarde, uma nova tentativa deu resultado: o balão subiu cerca de 20 palmos, para verdadeiro espanto dos presentes. Assustados com a possibilidade de um incêndio, os criados do palácio se lançaram contra o engenho antes que este chegasse ao teto.
Três dias mais tarde, exactamente no dia 8 de Agosto de 1709, foi feita a terceira experiência, agora no Pátio da Casa da Índia perante D. João V, a rainha D. Maria Anad e Habsburgo, o Núncio Cardeal Conti, o Infante D. Francisco de Portugal, o Marquês de Fonte, fidalgos e damas da Corte e outros personagens. Desta vez, sucesso absoluto. O balão ergue-se lentamente, indo cair, uma vez esgotada sua chama, no Terreiro do Paço. Havia sido construído o primeiro engenho mais leve que o ar. O Rei ficou tão impressionado com o engenho que concedeu a Gusmão o direito sobre toda e qualquer nave voadora desde então. E para todos aqueles que ousassem interferir ou copiar-lhe as ideias, a pena seria a morte.
O invento do Padre chamou-se Passarola, em razão de ter a forma de pássaro, crivado de multiplicados tubos, pelos quais coava o vento e a encher um bojo que lhe dava a ascensão; e, se o evento minguasse conseguia-se o mesmo efeito, mediante uma série de foles dispostos dentro da tramóia.
A concepção e realização do aeróstato por Bartolomeu de Gusmão, mostrou o passo gigantesco que representou sua invenção, idealização e objectivação do flutuador aerostático, donde deveria sair a aeronave, sendo correctamente considerado o Pai da Aerostação, tendo precedido em 74 anos os irmãos Montgolfier, que voaram em um balão de ar quente em 1783.
Bartolomeu de Gusmão foi uma figura singular, na qual o homem, o sacerdote e o bem dotado se fundiam numa personalidade complexa, que enxergava muito à frente de seu tempo, sofrendo as naturais e inevitáveis consequências dessa excepcionalidade.
O Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão faleceu em 19 de Novembro de 1729, em Toledo, na Espanha, sendo considerado pelos seus feitos a primeira e a mais bela página da Aeronáutica.

publicado por António Luís Catarino às 12:06
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Quarta-feira, 21 de Junho de 2006

Os Lolardos, por Rebeca Bonjour, 10ºG

John Wyclif (aprox. 1330-1384) era um padre que passou grande parte da sua vida a denunciar a corrupção, a riqueza e arrogância clericais. Para transmitir as suas doutrinas, usava a ajuda de alguns discípulos, os lolardos.

Estes, incluíam estudantes da Universidade de Oxford, pequenos proprietários das áreas rurais e urbanas, muito pobres. Actuaram principalmente nos Países Baixos e Alemanha, no século XIV.

Eram os lolardos que tratavam dos empestados e enterravam os mortos, cantando salmos, lollën em latim, e que deu origem ao seu nome. As doutrinas divulgadas eram as seguintes:

 

·        A Bíblia deveria ser escrita na língua do povo, para que cada um a entendesse por si mesmo;

·        Não se deveria obedecer a clérigos injustos;

·        A principal função dos padres é pregar, e não lhes deveria ser permitido ocupar cargos públicos, pois, como ele próprio disse, “ninguém pode servir dois senhores”;

·        O celibato de monges causava imoralidade, abortos, e infanticídios.

 

Os lolardos nunca foram bem aceites pela igreja, sendo acusados de heresia e perseguidos, chegando muitas vezes a morrer. Só no reinado de Henrique VIII os lolardos foram finalmente aceites.

Imagem proposta: http://www.proel.org/traductores/wycliffe1.jpg

Bibliografia:

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura

http://www.estanabiblia.com.br/index2.php?option=com_content&task=view&id=457&Itemid=60&pop=1&page=0

http://iab.ubbihp.com.br/page3.html

Rebeca Macieira Bonjour

10ºG Nº16

publicado por António Luís Catarino às 13:53
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A Revolução Francesa, por Carlos Maia Neto, 8ºA


Período conturbado da vida política e social da França, cujo início se pode
datar de 1789, ano em que se conjugam os efeitos de uma grave crise política
(permanente instabilidade governativa), económica (maus anos agrícolas) e
social (forte crescimento demográfico) com a debilidade da Coroa francesa
nas suas relações tensas com a mais forte Inglaterra e a ofensiva da
burguesia mercantil citadina que começa a fazer ouvir a sua voz.
É nas Cortes Gerais que o confronto estala, quando a burguesia (organizada
como Terceiro Estado) pretende instituir o voto uninominal, o que
imediatamente coloca em pânico o rei, tomando o Terceiro Estado a iniciativa
de se separar das Cortes e de se erigir em Assembleia Nacional. O
agravamento do conflito leva à entrada em cena das massas populares, que
tomam de assalto um execrado símbolo do poder real, a prisão da Bastilha, no
dia 14 de Julho de 1789. A Assembleia Nacional, chamando a si o poder
legislativo, procede à abolição dos direitos feudais, determina a venda de
bens da Igreja para fazer face às exigências financeiras da crise e emite
uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão onde se pode ver
claramente a influência da Revolução Americana.
Surgem então os primeiros partidos políticos, que dividem entre si o poder,
defrontando-se nas ruas e nas reuniões parlamentares. A supremacia dos mais
radicais, por cuja iniciativa é proclamada a República, provoca a reacção
das monarquias europeias, que movem guerra à França, o que vem acirrar os
ânimos na política interna. O rei, Luís XVI, julgado pelos parlamentares, é
considerado traidor e guilhotinado, o mesmo acontecendo a muitos outros,
inclusivamente revolucionários extremamente populares. É o chamado período
do Terror, cujos excessos, conjugados com as dificuldades da guerra,
provocam uma reacção que irá retirar o poder aos radicais, substituídos por
elementos mais moderados.
A continuação da guerra e a instabilidade política e social no país conduzem
a diversas experiências governativas, que só terminam quando o poder é
depositado nas mãos de um cônsul, o general Napoleão Bonaparte, que irá
alterar o curso da vida política e social da França, um decénio decorrido
sobre o despoletar da revolução.
 

publicado por António Luís Catarino às 13:45
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As Guerras Religiosas do Século XVI, de Luísa Pereira, 10ºG

No início do séc. XVI, a Igreja Católica encontrava-se numa crise profunda
motivada pela venda, cada vez mais criticada, de indulgências aos poderosos
e aos ricos que as podiam pagar e pelos seus privilégios. As críticas
surgiram com a Reforma de Martinho Lutero, iniciada na Alemanha, com
divulgação das suas das “95 Teses”, contestando a venda de indulgências
eclesiásticas, que foram afixadas na porta da catedral de Wittenberg, em
1517. A Reforma de Lutero expandiu-se rapidamente pela Europa, apesar do
Papa Leão X e do Sacro Imperador Romano Carlos V tentarem suprimir o novo
movimento. Deste modo, configuraram-se duas Europas religiosas: uma católica
e outra protestante, ambas com o apoio dos seus monarcas. As rivalidades
entre reformistas e católicos e entre próprios reformistas desencadearam
várias guerras na Europa entre 1550 e 1620, designadamente, nos Principados
Germânicos, na França e na Inglaterra.
Neste contexto, na França, a ambição de uma rainha, Catarina de Médicis,
levou a um dos mais terríveis massacres da história de França. Catarina,
viúva de Henrique II, exercia um domínio completo sobre o filho, Carlos IX
que tinha apenas 10 anos quando subiu ao trono. Em 1572, parecia que Carlos
IX, então com 22 anos, estava a ficar sob a influência do líder huguenote
Almirante Gaspard de Coligny. Tendo falhado uma tentativa para assassinar
Coligny, Catarina planeou a morte em massa dos dirigentes huguenotes, que se
encontravam reunidos em Paris para o casamento de Henrique de Navarra com
Margarida de Valois, sua filha. O massacre começou na madrugada do dia de s.
Bartolomeu, 24 de Agosto de 1572, dois dias depois da tentativa de
assassínio de Coligny, que desta vez não escapou, apesar da rainha poupar as
vidas de Henrique de Navarra e do príncipe de Comdé. O massacre repetiu-se
por toda a França e em 3 meses é provável que tenham morrido cerca de 20000
huguenotes. Posteriormente, quando subiu ao trono francês como Henrique IV,
Henrique de Navarra, adoptou a fé católica-romana e diz-se que teria
proclamado que “Paris vale bem uma missa”. Durante o seu reinado, foi
publicado o “Edicto de Nantes”, que dava liberdade de culto aos huguenotes.
Em meados do séc. XVII, a “Paz de Vestfália”, tratado assinado em 1648, pôs
fim ao longo período de guerras religiosas que havia divido a Europa em
grupos irreconciliáveis e traçou novos limites para os países europeus.
Assim, o Protestantismo predominou na Alemanha e na Escandinávia, com o
Luteranismo; na Suiça, nas províncias unidas (Holanda) e na Escócia, com o
Calvinismo; na Inglaterra, com o Anglicanismo. O Catolicismo triunfou na
Itália, na França, na Espanha, em Portugal, na Áustria e na Bélgica.

Bibliografia
- Historia Universal de Carl Grimberg (volumes 10 E 11)
- História Universal de Michel Morineau
-Historia Universal, Direcção do Eng.º Roberto Carneiro, activa multimédia,
lexicultural
- Www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=99

publicado por António Luís Catarino às 13:40
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