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Ford T de 1910
O primeiro veículo motorizado a ser produzido com propósito comercial foi um carro com apenas três rodas. Este foi produzido, em 1885, pelo alemão Karl Benz e possuía um motor a gasolina. Depois foram surgindo outros modelos, vários deles com motores de dois tempos, inventado, no ano de 1884, por Gottlieb Daimbler.
Algum tempo depois, uma empresa francesa, chamada Panhard et Levassor, iniciou sua própria produção e venda de veículos. Em 1892, Henry Ford produziu seu primeiro Ford na América do Norte.
Os ingleses demoraram um pouco mais em relação aos outros países europeus devido à lei da bandeira vermelha (1862). Esta impunha aos veículos transitar somente com uma pessoa em sua frente, segurando uma bandeira vermelha como sinal de aviso. O Lanchester foi o primeiro carro inglês, e, logo após dele, vieram outros como: Subean, Swift, Humber, Riley, Singer, Lagonda, etc.
No ano de 1904, surgiu o primeiro Rolls Royce com um radiador que não passaria por nenhuma transformação. A Europa seguiu com sua frota de carros: na França (De Dion Bouton, Berliet, Rapid), na Itália (Fiat, Alfa-Romeo), na Alemanha (Mercedes-Benz), já a Suíça e a Espanha partiram para uma linha mais potente e luxuosa: o Hispano-Suiza.
Após a Primeira Guerra Mundial, os fabricantes partiram para uma linha de produção mais barata, os automóveis aqui seriam mais compactos e fabricados em séries. Tanto Henry Ford, nos Estados Unidos da América, quanto Willian Morris, na Inglaterra, produziram modelos como: o Ford, o Morris e o Austin. Estes, tiveram uma saída impressionante das fábricas. Impressionados com o resultado, logo outras fábricas começaram a produzir veículos da mesma forma, ou seja, em série.
Logo depois, carros de passeio e camionetas começaram a ser fabricados: Volkswagem, DKW-Vemag, Willys-Overland, Simca, Galaxie, Corcel (da Ford), Opala (da Chevrolet), Esplanada, Regente e Dart (da Chrysler). Todos estes veículos, embora montados no Brasil, eram projetados nas matrizes europeias e norte-americanas, utilizando a maioria de peças e equipamentos importados.
Diferente de antigamente, hoje o automóvel possui características como conforto e rapidez, além de ser bem mais silencioso e seguro. Nos últimos anos, os carros vêm passando por inúmeras mudanças, e estas, os tornam cada vez mais cobiçados por grande parte dos consumidores. Todo o processo de fabricação gera milhões de empregos em todo mundo e movimenta biliões de dólares, gerando lucros para as multinacionais que os fabricam.
Após uma década de euforia, a alegria dos "anos loucos" chegou ao fim com a crise de 1929. A queda da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma crise económica mundial sem precedentes. Milionários ficaram pobres de um dia para o outro, bancos e empresas faliram e milhões de pessoas perderam seus empregos.
Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias.
As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. Os vestidos eram justos e rectos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época. Em tempos de crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o algodão e a casimira. O uso de tecidos sintéticos contribuiu para que as diferenças das diversas classes sociais, em linhas gerais, diminuíssem.
O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção. Alguns pesquisadores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a grande inspiração para tais roupas decotadas.
A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e desportiva, o modelo de beleza da actriz Greta Garbo. Seu visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi também muito imitado pelas mulheres.
Aliás, o cinema foi o grande referencial de disseminação dos novos costumes. Hollywood, através de suas estrelas, como Katharine Hepburn e Marlene Dietrich, e de estilistas, como Edith Head e Gilbert Adrian, influenciaram milhares de pessoas.
Alguns modelos novos de roupas surgiram com a popularização da prática de esportes, como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os estilistas também criaram pareôs estampados, maiôs e suéteres. Um acessório que se tornou moda nos anos 30 foi os óculos escuros. Eles eram muito usados pelos astros do cinema e da música.
Gabrielle Chanel continuava sendo sucesso, assim como Madeleine Vionnet e Jeanne Lanvin. A surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Outro destaque é Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris. Seus modelos, em geral, eram sérios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet.
Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais.
Seguindo a linha clássica, tudo o que era simples e harmonioso passou a ser valorizado, sempre de forma natural. Os móveis de Jean-Michel Frank e André Arbus traduziam esse neoclassicismo, o auge do gosto pela vida e sua arte. Além disso, o estilo art-déco e a aerodinâmica norte-americana dominaram a década de 30.
Raymond Loewy foi um dos designers mais bem-sucedidos dos Estados Unidos. Ele foi responsável pela remodelagem de diversos produtos, como a embalagem dos cigarros Lucky Strike e o logotipo da Shell.
Alvar Aalto e Marcel Breuer foram outros importantes nomes do design da década de 30. Eles fizeram experiências com novas formas de madeira processada industrialmente, como a compensada.
Nessa época, o termo prêt-à-porter ainda não era usado, mas os passos para o seu surgimento eram dados pela butique, palavra então muito utilizada que significava "já pronto". Nas butiques surgiram os primeiros produtos em série assinados pelas grandes maisons.
No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.
Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.
Deixei passar propositadamente uns dias para ter a calma necessária para vos agradecer de uma forma condigna. Sem emoções exageradas que só estragariam a importância do 1º prémio que ganharam no I Concurso Nacional de Jornais e Blogues de Escolas promovido pelo Islagaia, http://www.islagaia.pt/concurso/default.asp e onde o Filipe Vales, a Rita Ventura e o Rui Moreira foram receber, no dia 15, o prémio correspondente e o certificado. Foi nessa altura que também se agradeceu ao ISLA pelo incentivo dado a quem começa com estas experiências ainda muito embrionárias, ao Conselho Executivo da Secundária Aurélia de Sousa pelo apoio dado, e aos alunos que não deixam que esta disciplina, a História, seja considerada uma parente remediada mais ou menos reciclável conforme os desejos economicistas de quem decide e que costuma ver, teimosamente, o dinheiro em primeiro lugar. Em conclusão: deixem-nos lá gostar da História, porque vale a pena saber mais sobre ela.
Não posso deixar, contudo, de dizer três coisas mais:
- A forma desinteressada com que muitos alunos colaboraram, até aqui, no ESAS História e que não posso deixar de nomear. Foram eles: Inês Pinto, Rita Ventura, Filipe Rollo, Inês Viegas, Diana Alves, Rebeca Bonjour, Nuno Moreno, Gonçalo Melo, Bruno Santos, Rui Moreira, Renata Macedo, Ana Campos, João Saraiva, Leonor Sampaio Costa, João Macedo, Teresa Beires, Maria João Fernandes, Jorge Silva, Sérgio Silva, José Sousa, José Neto, Sérgio Campos, João Ventura, Isabel Azevedo, Filipe Vales, Inês Mota, Ricardo Araújo e Francisca Ferreira.
- Para comemorar este prémio e para não ficar à sombra de um êxito quando temos ainda muito para fazer, mudei completamente o aspecto gráfico do blogue, tentando modernizá-lo e torná-lo mais operativo e mais fácil e participada a sua consulta. Assim, para os alunos que no 7ºA e 7ºC colaboraram na disciplina de Área de Projecto neste projecto de fazer um blogue de turma coloquei dois links à esquerda para ser mais fácil a consulta do que fizeram no ano lectivo de 2004/05. Fica a memória. Aliás, a boa memória.
- Quero também realçar um aspecto que deve ser realçado nos tempos que correm. Nunca os alunos mostraram falta de civismo ou menos respeito pela opinião dos outros na construção do ESAS História. E quando, em última análise, seria fácil fazê-lo sob a capa de anonimato. Nunca foi preciso usar da possibilidade de apagar um comentário maldoso ou menos respeitoso para com o outro. Por isso os meus parabéns a estes alunos e aos que participaram e participarão no blogue com os artigos e trabalhos de e sobre a História.
NB – ah, é verdade, as duas listas azuis do cabeçalho do ESAS História é por causa da maioria clubística de que fazem parte um grande número de alunos meus. Mesmo que não seja a minha cor. Vocês merecem, não é?
António Luís Catarino