. Finalmente as férias e um...
. Vida e história de Jean-J...
. James Watt, por João Paul...
. A Conservação da Massa e ...
. René Descartes, por Ana P...
. A Passarola de Bartolomeu...
. Os Lolardos, por Rebeca B...
. A Revolução Francesa, por...
. As Guerras Religiosas do ...
. A Reforma Protestante e o...
Um novo estilo artístico, o Gótico…
Estende-se a partir da ilha de França ao continente Europeu, entre os séculos XII e XVI.
Quando me refiro à Arte Gótica, faço questão de enumerar além da arquitectura, tudo o resto que dá vida a esta arte, como é o caso da pintura, da escultura, das artes decorativas (manuscritos iluminados, os códices), a joalharia e a ourivesaria…
Falando de arquitectura…
O fenómeno fundamental da arquitectura gótica é a nova interpretação do muro e da abóbada. A importância do muro diáfano e da abóbada de cruzamento de ogivas, aliada ao arco quebrado (apontado), embora já conhecido no Românico, demonstram a inutilidade de saber quais dos elementos surgiu primeiro.
O impulso que originou as duas invenções (desmaterialização das paredes e abóbadas de cruzamento de ogivas) foi uma nova metafísica da luz.
A teologia da luz é fundamental para se conhecer a arquitectura religiosa gótica. O espaço da Catedral gótica exige luz para que os crentes sintam a presença de Deus através da luz divina que atravessa as notáveis rosáceas com os seus vitrais plenos de policromia.
Para se perceber a luz sensual das igrejas Românicas menos iluminadas, mais escuras relaciona-se com a necessidade de uma procura divina e deste modo a diferença do significado da verticalidade do românico face ao gótico onde o ambiente é banhado pela presença de Deus.
De imediato se distinguem as catedrais góticas dadas a sua elevação e verticalidade. Impressionantes por um exterior imponente e profusamente decorado, as igrejas góticas impressionam também por um interior amplo elevado e luminoso, (como já referi), de formas arquitectónicas graciosas e leves, quase sem peso, se as compararmos com a solidez maciça dos interiores românicos.
Este novo estilo artístico de que vos falo, o gótico, tem origem no orgulho do homem burguês, no seu patriotismo local, e é neste sentido que não se poupa, há que embelezar e engrandecer as cidades, contribuindo com quantias avultadas para as grandes construções urbanas.
E a combinação engenhosa de elementos arquitectónicos, que referi anteriormente, permite elevar as construções góticas a alturas até então desconhecidas, deste modo a anunciar a importância do burgo e das suas gentes.
É possível afirmar que mais que uma arte, o gótico foi uma nova mentalidade…
E demonstrando o meu “patriotismo” neste pequeno artigo, tenho o orgulho de frisar que este estilo se afirmou no nosso país, no século XIII, (um pouco mais tarde) ou não fosse de Portugal que estivéssemos nós a falar…A introdução deste estilo, ficou a dever-se á ordem Cisterciense.
O exemplo mais notável é o da abadia real de Alcobaça.
Mais tarde este estilo vai adquirindo uma feição própria, conhecida como “estilo manuelino”.
Francica Ferreira, 10ºG